segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

De ''casa nova''

A velha frase: Casa nova! Vida nova! Sim, eu mudei de casa, estou morando num lugar lindo! Mudei hoje, nesse mesmo dia! Nunca gostei da minha velha casa, tinha coisas que nunca me agradaram, coisas que muitos não gostavam de ver quando iam me visitar. Minha casa foi invadida por pessoas que só queriam aproveitar do meu teto, e eu sem saber o que fazer, as deixei entrar sem mais nem menos, elas simplesmente chegaram e foram logo roubando meu tranquilo e pequeno espaço que tinha, um espaço que eu nunca gostei que fosse preenchido por elas. E por que eu não as coloquei para fora de minha casa mesmo sabendo que elas iriam acabar com meu lugar, e que as minhas visitas de antigamente nunca mais iriam me visitar, por que não as coloquei para fora? Eu queria ser muito receptivo, queria aceitar a todos em minha casa, queria agradar, me desafiavam dentro de minha casa, me sentia pressionado por estar lá no meu cantinho e não fazer nada por me desafiarem. Eu fazia algo para elas somente para mostrar. Quanta coisa insignificante eu fazia dentro de minha própria casa, sim! Nada do que fazia significava algo para mim, e as minhas velhas visitas lá de fora só olhando pela janela, por cima do muro, eu estava acabando com meu lugar de viver. As pessoas foram saindo, e mesmo do lado de fora, elas acabavam com minha casa pelo lado de dentro, as paredes já estavam todas sujas, um muro negro foi levantado bem na porta onde ficava o jardim. Até que minha casa voltou a ser só minha, mas, a destruição, a sujeira, e o muro ainda estavam lá. E foram muitos tempos vivendo naquele lugar. Eu limpava os cantos, mas dias depois já estava sujo de novo. Tentava colar o quebrado, mas nunca juntava as partes novamente. Quebrava o muro, colocava toda força para quebrar, mas os estilhaços voltavam de onde tinham saído. Foram tempos e tempos naquele lugar que eu tentava transparecer para as antigas visitas, que aquele lugar já estava completamente reformado. Mas elas enxergavam mais que a mim e sabiam muito antes de mim de uma recente sujeira que tinha sido colocada em lugares que eu demorava encontrar. Um dia resolvi sair de minha casa e fui andar e ver como era o mundo lá fora. Fui parar em um lugar que nunca tinha ido antes. Estava andando até que sentei em uma cadeira e do meu lado tinha pessoas conversando, uma criança brincando, e uma garota sentada. Eu sentei e fui conversar com o pessoal, conversei muito pouco com a garota do lado. Acabou que o pessoal foi embora, a criança parou de brincar, e a garota foi embora também. Eu voltei pra minha casa, me deitei para dormir, fui lembrar do lugar que tinha acabado de conhecer, das pessoas vistas, da garota sentada, da criança com o brinquedo nas mãos, de tudo que tinha acontecido, de tudo que tinha se passado naquele lugar. Passou um tempo e eu conheci a garota que estava sentada. Eu pensei em levar ela para conhecer minha casa, mas pensei também que não seria um lugar que ela iria gostar. Mas me arrisquei e trouxe ela para conhecer meu lugar. Ela entrou, olhou, observou tudo, e foi me perguntar o motivo de tanta sujeira. Eu fui mostrando parte por parte, explicando como tinha quebrado aquilo, porque que ali estava muito sujo, mostrei o muro negro, expliquei do muro negro para ela, ela ficou sabendo de tudo da minha casa. Passou um tempo e ela já não estava mais gostando do lugar, ela viu que o lugar se sujava muito a cada dia, eu também notava a sujeira entrando e falava: Essa sujeira não sou eu quem faço, são as pessoas que moravam aqui comigo bem antigamente e que ainda sujam minha casa. Ela passou a me fazer perguntas, me perguntava o porque que os antigos moradores acabavam com minha casa mesmo não estando lá mais. Eu respondia para ela que de alguma forma eu me sentia ligado naquelas pessoas, e por isso a sujeira entrava sem eu saber o que fazer. Ela olhou para mim e me disse: Venha, eu vou ajudar você a limpar esse lugar! E fomos limpando, o lugar estava bem mais limpo, as coisas quebradas estavam sendo coladas e não se partiam mais, o muro negro estava pela metade, estava tudo voltando a ser como era antes, minha casa estava completamente se reformando, eu me sentia muito bem no meu novo lugar, e muito feliz por ter alguém do meu lado me ajudando. O relógio girava tranquilamente, os dias terminavam bem, até que, em uma manhã, estava tudo sujo de novo, tudo quebrado, o muro levantado e minha casa novamente acabada. Ela acordou de seu sono, olhou ao redor e me disse: Eu pensei que você fosse manter essa sua casa limpa, como você deixa as pessoas sujarem mesmo estando do lado de fora da casa? Estou indo embora, talvez quem sabe um dia eu volte, talvez quando essa sua casa estiver completamente limpa, talvez. Essa palavras foram o fim para mim, eu olhei no espelho do banheiro e disse para mim mesmo: Você acabou com sua casa deixando aquelas pessoas entrarem. Você teve alguém que te ajudou a limpar, mas você não conseguiu deixa-lá com brilho. Eu virei as costas, e tornei a olhar no espelho, olhei com convicção, com certeza, encarei a mim mesmo, naquela hora eu vi o que eu mais queria para minha casa para o resto da minha vida, fixei meus olhos no reflexo dos meus no espelho e disse: Sujeira, eu não estou mais ligado em você, eu econtrei meu único motivo, graças a ela, a garota que estava sentada, eu encontrei, ela me motivou, me surpreendeu com tudo que ela me mostrou, com tudo que ela me ensinou, com tudo que ela me falou, ela mudou minha casa, mudou meus pensamentos, mudou meu lugar de viver, sujeira, eu não estou mais ligado em você, adeus! E do nada, toda sujeira sumiu, tão surpreendente quanto ela, a minha casa estava como eu sempre quis, minha casa está como eu sempre quis que ela estivesse, minha casa mudou graças a ela. Meu motivo maior de não estar mais ligado a sujeira do meu passado é de ter conhecido ela, é de ter escutado ela, é de não ter vergonha de ter mostrado todo meu lugar para ela, e o principal, de ter mudado por ela, sim ela mudou a minha casa. Ela ainda não esta morando aqui comigo, na minha nova casa, ela está sabendo que a casa já está limpa, e eu vou fazer de tudo pra mostrar para ela que minha casa sempre será dela, e que vou fazer de tudo para traze-lá para dentro desse meu novo lugar de viver. E se ela não vier, vai continuar limpa, vai ser minha recordação dela, mas eu vou fazer de tudo para te-lá morando aqui comigo novamente.

domingo, 21 de novembro de 2010

Altos e baixos em poucas horas

Foi as dez horas da noite, comecei a me arrumar, estava ansioso para sair, ficar em casa seria pior, iria ficar pensando naquela tarde de chuva, pensando nela, que foi embora antes de chover. Chegou a hora de sair, eu estava muito pensativo ainda, mas deixei levar, quem sabe eu poderia esquecer por pelo menos um tempo. Chegamos no lugar, no barzinho pouca gente, estava desanimado no começo, cheguei e pedi uma dose, estava com vontade de beber, sem extravasos, mas saberia que se bebesse ficaria mais leve! Ficaria um pouco mais a vontade e me deixaria levar pelo momento ali. Mas tinha algo diferente naquele dia. Eu sabia muito bem do que se tratava. Estava tão legal por lá, as músicas entravam e sintonizavam muito bem comigo, eu fiquei louco! Estava a gritar! Estava a aprender a dançar! Estava a me divertir muito! Mas não estava a parar de pensar nos passos dela. Uma música começa a tocar, foi um impacto! Eu parei e sentei para escutar. Mas sentei calmo, parei calmo, nada de crises por ouvir uma música! A letra batia comigo! Foi mais uma música que sintonizou muito bem! Eu tentava esquecer mas parece que só fazia eu querer mais. Estava no meu pensar e aquilo não mudava. Eu fiquei louco e quase sai ao encontro dela! Ainda bem que não sai, pois saberia que não iria encontrá-la. Doses e mais doses de bebida chegavam a minha mesa, eu bebia! Havia dito pra mim mesmo não passar do limite mas o limite não chegava. Era como estar bebendo água! Não me alterei em nada, eu bebia pensando nela! E nada de mais acontecia. Eu apenas relembrava os momentos com ela e isso fez eu ficar normal no lugar. O show acabou! Foi tudo ótimo! Tão perfeita aquela madrugada. Enfim, o que restava pra mim naquela hora era apenas a minha cama fria. Cheguei as cinco da manha e logo já fui direto dormir. Dormi. Sonhei! Sonhei com a noite que passei, com tudo o que teve, com o mesmo lugar, com as mesmas pessoas, foi tudo tão real e parecia que estava acontecendo de novo. A única coisa de diferente que tinha no meu sonho, é que ela estava lá comigo. Ela estava se divertindo! Eu estava gostando! Nós estávamos tão bem! Mas era só um sonho, uma ilusão dentro de mim. Eu acordei! Era onze horas e dez minutos da manhã e novamente fui acordado por ela, meu telefone tocou e seu nome estava escrito no visor. Ela deixou chamar uma vez e desligou. Eu retornei a ligação! Sua amiga atendeu e me passou para ela. Ela perguntou de mim, eu disse tudo que eu queria dizer e ela me ouviu. No fim da ligação, palavras inesperadas chegaram a mim, bom seria se dependesse de mim. E o dia se segue!

sábado, 20 de novembro de 2010

Algo duvidoso...

O jeito dela me cativou, o jeito dela me deixou com tudo que nunca tive antes. Ela foi a primeira que me mostrou o que eu realmente sinto. Ela fez eu mesmo me desvendar e me fez ter a certeza do que eu queria. Ela sabe ser diferente, sabe motivar! Mas acho que ela não sabe disso que estou digitando, e se ela sabe, acho que ela tem aquilo que mais nos confunde, são as dúvidas! Mas voltando a falar dela, ela tem mistérios por trás da pessoa que ela é. Ela esconde algo, não sei falar, não sei se sim ou se não, é a dúvida que me faz pensar assim. Não sei se ela tem alguma coisa presa dentro dela, não sei se é comigo, ou se não! É apenas a preocupação que me faz pensar assim. Ela acha que eu mudei, ela acha que estou diferente de como era antes, mas nunca estive assim com ela, sempre fui o mesmo e estou apenas tentando melhorar meu Eu com Ela! As vezes acho que não sei o que quero, vou dormir pensativo e acordo pensativo. Que coisa é essa que sinto? Durmo pensando tanto, penso em tudo com ela, desde o simples até o que é estranho para outros. Minhas vontades ela sabe, tento satisfazer as vontades dela. Ela sabe de mim, sabe de tudo de mim, coisas que muitos não sabem. Estou digitando isso sem motivos, é uma forma que eu consigo falar tudo que quero, gosto de escrever! É tão bom estar aqui escrevendo isso, melhor seria se ela estivesse na minha frente escutando e vendo meus lábios mecherem ao dizer tudo isso, mas ela teve que ir antes da chuva chegar. Sou tão apto a entender, a perceber, a observar, observador! Vejo tudo ao redor de mim e ao redor dela, mas logo já penso o que não queria pensar e volto a ter dúvidas! Sinto ciúmes! Quero preservar uma coisa que gosto muito! Não é pouco ciúme, é muito! Muito mesmo! Falo que não sou ciumento mas no fundo eu sou bastante, bastante mesmo! Diferencio muita coisa, mas as outras eu acabo sentindo ciúmes! Tento disfarçar meus ciúmes, não sei porque mas tento, acho que é pra não parecer uma coisa boba, que não tem sentido nenhum! Não sou do tipo que sai por ai pegando e tentanto ter todas as jóias nas mãos. Tenho algo valioso, mas não sei se tenho realmente, acho que não tenho. Quanta dúvida aqui desse lado! Porque somos tão curiosos e queremos saber de tudo? Somos apenas dois amantes e nada se tornou definitivo ainda. Talvez tornará? Pensamentos duvidosos novamente! Todos confiamos em alguém, todos depositamos ela em alguém. Ela se perde, confiança se vai, ela não se perde, confiança fica. Mas quando se perde pode até voltar, mas enfraquecida demais. Sou acostumado a confiar demais. Poxa! Nós somos dois ficantes apenas!!! O porque disso tudo que estou escrevendo? Onde está a reposta, o ''X'' da questão? Bom seria se o entender viesse, se o aperto de mão chegasse e definisse tudo! Seja o que for! É tão chato viver assim, sem saber, sem entender! Que raiva! Porque o motivo de querer saber tanto? Será que vou ter o que quero? Será que vou dar o que quero? Será que ela vai ter o que ela quer? Será que ela vai dar o que ela quer? Não sei de mim, e nem muito dela, e pouco menos de mim! Sei que gostaria de entender! Como foi bom escrever!