domingo, 25 de dezembro de 2011

Reflexos de uma desconhecida.

No que você foi se tornar? Que tipo de pessoa é você? Uma desconhecida que antigamente era amada por mim. Era amada pelos seus pensares, amada pelos seus objetivos e até mesmo pelos seus sonhos. Amada pelo seu amor! No que você foi se tornar? Seu tipo de pessoa agora é superficialmente inferior. Seus pensares já são em suas posições sociais. Seu sonho é querer a cada dia que passa aparecer mais ao público que quer apenas a sua personalidade exterior. Quer ser favorecida por quem não deseja seu interior. E no final das contas você acha que todos querem saber como é seu interior. E o seu interior acaba sendo tudo que você faz por achar que está fazendo aquilo que realmente importa aos outros. Seus olhos não são como antes, eles não conseguem mais enxergar além! Você ouve coisas, mas só ouve. Não sente... Não por não querer, mas sim por não conseguir! Nem mesmo quando são palavras verdadeiras vindo de pessoas verdadeiras. Por estar cega se decepciona inúmeras vezes. Seu maior defeito se tornou em você ''achar'' demais... E é achando que você vai caindo e se deixando levar por qualquer um que é capaz de falar aquilo pra você ter que achar. Achar uma coisa que você procura tanto, tão sem sabedoria para tal coisa mas mesmo sendo assim é o que você insiste em achar. Isso soa muito inocente... Sua vontade é maior que chega a dominar sua inocência que é capaz de ver e de te fazer evitar tolices. Não percebe que vontades passam e que certas vontades são perigosas demais a ponto de te iludir sem que você perceba no momento em que ocorre aquilo que você desconhece. Conheço seu passado e compensa bem mais ficar relembrando o mesmo do que se preocupar em saber como está seu presente. Seu presente, na real, parece não mudar... E seu futuro, na real, parece piorar. Nunca vi alguém se erguer e dizer que passado não se revive sem antes realmente saber o que foi vivido. Parece se orgulhar quando fala que quem vive de passado é museu. Mas esse tal orgulho vem somente dessa frase, apenas da ênfase que ela traz. Desconhece o fato de que, passado, pode ser melhor que presente e se voltado atrás, um futuro pacífico. De paz à grande tormenta. Quase uma guerra travada contra seu medo de ficar só. Medo grande, medo inútil. Sua capacidade para encontrar utilidades é incrível e até mesmo invejada. Mas sua capacidade para desperdiçar, perder, jogar fora coisas úteis é ainda mais incrível, inacreditável! Pior são as lamentações... Se lamenta pelo mesmo erro milhões de vezes e nunca aprende. Tem na mistura dos olhos lágrimas tristes... Lágrimas felizes já se secaram há muito tempo. Há muito tempo foi-se tudo e há pouco tempo... Nada veio. Tudo, tudo que possuía quer se apoderar novamente. Pensa que está no caminho certo mas é a única que não percebe que não está. Percepções perdidas, graça perdida. Se me perguntarem, ''O que você acha da fulana?'' Minha resposta será no passado... Ela era explêndida! Ainda é, mas precisa descobrir isso de novo.

Atitude indiferente.

O lado escuro da alma já não é mais visto por ninguém. A ilusão foi perdida e a realidade de que tudo estava bem finalmente foi vista. Tudo não passava de uma obsessão, um certo desejo que era totalmente incontrolável e controlável. Essa mistura desentendida fazia tudo se tornar desentendido. Ambos os lados eram infantis. Ambos os lados pareciam querer mostrar à mais um ao outro o que viviam, queriam crescer um sobre o outro e não viam que ambos os lados podiam conviver do mesmo lado e juntos não terem que depender um do outro para saber um do outro, mas sim, ver! Ver que tudo que fizeram foram juntos e no lugar do ego e do falso orgulho, sorrisos e palavras consumidas pela felicidade seriam expressadas. A vontade de viver um ao lado do outro seria o maior sentimento. Infelizmente um dos lados foi esquecido. Ou felizmente! Imaginar é algo fácil demais quando você quer que algo se torne aquela maravilha que você sempre sonhou em ter. Realidade poucos tem. Poucos colocam na balança tudo o que aconteceu e começam a medir atitudes, valores, o ato de compreender um ao outro e o respeito que se tem. Já deu pra perceber que tudo ainda está naquele meio termo. Bom, estava! De um lado estava, de outro lado ainda está. Os fatos me apresentam isso. Mas esses fatos já não tem mais importância, até porque tudo ficou diferente, e essa diferença já é completamente indiferente para mim.